terça-feira, 27 de abril de 2010

Writer's Block

Como ando sem grande paciência para escrever, fica aqui um poema já velhinho...

Vejo-a a lêr um livro do outro lado da rua,
Ela espera por alguém que nunca há-de chegar.
Peço-lhe licença para ao seu lado me sentar,
Ela responde que quer sentar-se numa esplanada ao luar.
Conversamos debruçados sobre uma chávena de café,
Passadas umas horas ela interroga-me
Do porque da minha moral estar sempre em pé.

Rende os teus sorrisos, os teus pensamentos e os teus sonhos a mim.

Ela precisa de apoio e eu pergunto se posso ser a muleta
Se ela soubesse o que significa para mim,
Se desconfiasse que lhe dedicaria a minha vida
Talvez ela não encarasse a vida como uma corrida.

Rende as tuas palavras, a tua inércia e a tua respiração a mim.

Era capaz e viajar no tempo, voltar atrás
e confessar o que sinto por ela mas...
A porta dela tem um muro de betão,
e pergunto-me se ela não me daria um tiro no coração.

Rende o teu medo, a tua determinação e a tua razão a mim.

Encontrei uma flor num campo de ervas daninhas.
Já sangrei tanto das mãos de escavar,
Que já não parecem ser minhas.
Porque é que esta flor não me pertence?
Porque é que o meu tempo de a ter já foi?
Porque é que nunca tive coragem de me confessar
e dizer-lhe que era a ela que queria amar.

Rende o teu coração, a tua alma a tua essência a mim,
O único lugar para uma flor no meu jardim está reservado para ti.

*Edit*
Porque nunca pensei que estas palavras pudessem trazer as lágrimas aos olhos de ninguém...

Este é para ti.

Dedicated to My Little (Dark, mas és sempre uma Lua Cheia no meu dia) Moon

2 comentários:

  1. Ahhhhhh! Eu ainda me lembro do dia em que me dedicaste este poema no netlog! Obrigada mais uma vez é lindo!

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  2. È pena que não não actualizes mais vezes o teu blog, gosto do que escreves, especialmente este poema, porque é bom ver que ainda existem bons sentimentos neste mundo e que existam pessoas que os sabem exprimir.

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